Confiança dos micro e pequenos empresários registra leve melhora em julho

68,9% dos MPEs acreditam que seus negócios pioraram nos últimos seis meses, mas ainda assim, as expectativas para os negócios permanecem em patamar positivo

 

O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE), medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 37,06 pontos em julho – um aumento de 1,87% em relação a junho (36,38 pontos). O resultado, abaixo do nível neutro de 50 pontos, demostra pessimismo com o presente e futuro próximo da economia e dos negócios, ainda que o resultado mostre uma avaliação um pouco menos pessimista que no mês passado. Também melhorou a avaliação das expectativas dos MPE em relação aos seus negócios para os próximos seis meses: 55,98 pontos. Apesar do ambiente econômico adverso, o Indicador mostra que 49,4% estão na linha de confiança em relação à suas empresas.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a situação da economia e política cada vez mais frágil diminui a confiança dos micro e pequenos empresários. “Esse cenário leva a uma desaceleração no crescimento da economia e dos negócios. Ainda assim, quase a maioria dos entrevistados espera que a situação de suas empresas irá melhorar no próximo semestre”, explica Pinheiro. “Quando se trata do próprio negócio, o empresário tem maior poder para decidir e tomar ações que visam melhorar e atrair maiores investimentos e lucros”, completa ele.

O IC-MPE é composto mensalmente pelo Indicador de Condições Gerais e o Indicador de Expectativas, com as opiniões dos micro e pequenos empresários nos 27 estados.

O Indicador de Condições Gerais mede a percepção do empresário em relação à trajetória da economia e de seu negócio nos últimos seis meses. Em julho, registrou 21,32 pontos, indicando um aumento frente a avaliação do mês anterior, quando o indicador mostrou 20,69 pontos. Para 88,9% dos entrevistados, as condições gerais da economia pioraram nos últimos seis meses, ante 87,6% em junho.

“Já não é mais novidade que o ambiente econômico está se deteriorando”, diz Pinheiro. “Os indicadores de desemprego, renda e índices de preços demonstram essa situação. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, aponta uma retração de 1,70% do PIB e inflação acima de 9% em 2015″, indica o presidente da CNDL.

Ao se analisar as Expectativas para a Economia, o indicador registrou 41,76 pontos em julho – um resultado acima dos 41,30 pontos analisados em junho. “Ainda que o dado tenha mostrado uma leve melhora, o pessimismo continua presente entre os micro e pequenos empresários”, explica a especialista. “As projeções indicam que as perspectivas para os próximos seis meses ainda podem piorar até o final do ano”, revela.Quando analisada as Condições Gerais da Economia, o indicador marcou 14,79 pontos em julho, em relação aos 15,07 pontos de junho. Já o indicador de Condições Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses também é negativo, ainda que mais moderado, com 27,85 pontos ante 26,31 no mês anterior. “Ainda assim, os números são expressivos, e 68,9% afirmam que a situação piorou”, mostra Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. “Ambos os dados estão bem distantes dos 50 pontos, ou seja, da situação em que entrevistados não sentem mudança alguma do quadro econômico”, conclui a economista.

Em julho, o Indicador de Expectativas registrou 48,87 pontos, ante os 48,15 pontos de junho. Segundo Kawauti, mesmo com um aumento em relação ao mês anterior, o resultado ainda reflete uma desconfiança para os próximos seis meses. “Ainda há mais empresários pessimistas do que empresários otimistas”, diz ela.

Já as Expectativas para os Negócios registraram 55,98 pontos, ligeiramente acima dos 55,00 pontos de junho. Para a economista, apesar do ambiente adverso, a maioria dos empresários está confiante em relação ao seu negócio. “Essa melhora de ânimo pode estar associado às perspectivas de vendas de final de ano, já que o horizonte das expectativas contempla os próximos seis meses. Cerca de 46,4% dos empresários está confiante, 24,4% pessimista e 22,0% esperam que tudo irá ficar como está”, explica a economista-chefe do SPC.

 

Fonte: Administradores

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